Ora dia...
Ora bolas! Hora boa, boa hora!
Ser nesse mundo uma alegria, mesmo nascendo! Olho com esse olhar de quem quer demais esse novo mundo que me cerca, afinal sob o signo de aquário e futurista, esse desejo é muito forte.
Pisco várias vezes e deixo que as brisas me embalem, sinto que esse desejo brota por conhecer o mundo e a mim mesmo, pois vai ser sempre a maior aventura da minha vida.
Imagino os passos, cada passo nas calçadas de concreto, nas paisagens ainda indeterminadas, no ritmo das conversas que estão por acontecer, nos sons, nessas músicas que falam da paz e de harmonia entre as pessoas e em cada contorno de luz e sombra escondidos. Tenho sede de viver! Porque há cheiros no mundo que ainda não conheço, há nas artes cores brilhantes e pulsos em dourado, que me chamam daqui onde estou. E as viagens? As terras desconhecidas, novos sabores, a boca enche d’água, dá uma fome! E o vai e vem de carros e aviões? Chamam isso de fluxo, uma corrente de energia forte, que move entre ruas, viadutos, mares, céus e trilhos, a vida das pessoas.
Só de pensar nisso, acelera o ritmo de meu coração, me dá uma tontura, o ar entra e sai rápido e tenho tanta vontade de vir a ser, que me desconcentro, ai que coisa!! opa! algo está acontecendo.. e essa claridade que brota? De onde vem?
Mãe, ô mãe ... corre mãe, se eu fosse você, acordava rápido, se vestia, pegava a malinha e acelerava a ida ao hospital... mãe, mãe ...eu acho que estou nascendo! A minha aventura vai começar.
(Elaine Perli Bombicini escreveu este retrato em 1ª pessoa a partir do auto-retrato feito em colagem por Juliana)
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Reflexão
Várias formas coloridas, que dispersas em confusão, formam uma só pessoa, uma só alma. Alma que podemos interpretar de vários modos, como a figura de um rapaz em cima de uma bicicleta, que tanto representa o gosto pelo esporte, quanto por sair buscando aventuras num mundo tão gigante.
Então, como tudo tem suas diferentes formas de avaliação, darei as que mais me parecem reais e interessantes.
O retrato coloca uma foto do John Lennon, mostrando seu gosto pela música como um todo, assim também o movimento que a banda trouxe, a vibe paz e amor. É uma pessoa um tanto zen, tanto pelo “paz e amor” quanto pela imagem de uma sombra praticando a meditação. Gosta de todo tipo de arte, se mexer com a música, ou melhor dizendo, a dança e qualquer forma de expressão. Guardar todos os momentos, mesmo os mais simples (que são os que trazem grandes alegrias), da vida em ricas imagens, como o gosto pela fotografia. Principalmente as coisas alegres, filmes de comédia, e o melhor remédio da vida: a felicidade, otimismo e claro, muitas risadas.
E claro, não podemos esquecer a gratidão que tal pessoa tem por onde vive; a paixão por São Paulo e pela cultura do Brasil e por cada canto do mundo, respeitando cada lugar com uma consciência ambientalista e por fim o amor pelos cães,pequenos seres, que transmitem muito amor e muita alegria.
Depois de uma breve reflexão, mesmo sendo uma confusão de formas coloridas, tudo se encaixa e vira uma só forma.
(E este é o retrato em 3ª pessoa feito pela própria Juliana)
Ah!! essas imagens!!
ResponderExcluirO ponto de partida!
Como é curioso, termos diferentes olhares sobre a mesma matéria de inspiração, a imagem e o olhar!!
Estou lendo todos os posts, retrato em primeira e terceira, a questão do apropriar-se da imagem, o que causa internamente e externamente, ler os resultados, observar os interesses, as estratégias de análise, o contato com o novo escolhido por outro, os entrelaçados do olhar, as entrelinhas e lacunas que ficam para que possamos preencher com nossas identificações, com nossos pensamentos, ou simplesmente passar pelos vagos espaços. Sentir essa presença da possibilidade!
E depois relendo os dois textos: as cenas; as cenas que vão brotando nesse encontro entre olhares, a forma, o todo. Uma busca.
Esse estranhar e esse entranhar (que a atração nos favorece), o desvelamento de um caminho entre o que está invisível..até nós que deveremos dar visibilidade, porque escolhemos também nos comunicar pela escrita!
Além de um exercício estimulante, a auto análise, as conexões, um processo de refinamento em nossa Criatividade.
Com figuras ou sem figuras, as imagens nos perseguem e se abrem, num mundo generoso e instigante.
E como disse a Juliana, autora de da tereciera pessoa: " Depois de uma breve reflexão, mesmo sendo uma confusão de formas coloridas, tudo se encaixa e vira uma só forma."
Juliana, à quem ainda não conheço, só posso agradecer!
Elaine PB
Luz, cores, nascimento, vida. Os dois textos se interagem tão bem, falam da mesma beleza que é o mistério da vida. Parabens Elaine e Juliana, tudo bem que aqui não é um curso de telepatia, rs, mas essa sintonia não deve passar em branco. O ACASO! Beijos. Bárbara do Amaral
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