O ateliê parte para a apreciação e utilização da obra de outro artista.
Desta vez a escolhida foi a carioca Beatriz Milhazes, dando continuidade à nossa opção por artistas brasileiros.
(Beatriz Milhazes Serpentina, 2003, gravura edição 40, 129,5 x 129,5 cm)
Nascida em 1960, Beatriz frequentou cursos de artes no Brasil e no exterior e atualmente trabalha como pintora, ilustradora, cenógrafa e professora.
(Beatriz Milhazes, Cenografia do espetáculo Tempo de verão, 2004, Marcia Milhazes Cia de Dança)
A maior parte de seus trabalhos é em acrílica sobre tela, num processo lento, que pode durar meses. Tal processo, muitas vezes, pode se assemelhar ao da escrita: esboços, camadas diversas, sobreposições, ajustes constantes até o acabamento.
(Beatriz Milhazes - O sonho de José, 2003/2004, 250 x 250 cm)
Elaine Perli Bombicini, participante do ateliê, comenta a respeito da artista:
"O que gosto em Beatriz é a conexão com os anos 70 (quando comecei a me interessar por arte, embora só a tenha conhecido muito depois), algo dos encaixes perfeitos que a alma barroca possui e algo de um efeito que vai de encontro a arte deco. Essa multifaceta que ela apresenta, amplia demais as possibilidades de análise e aprofundamento em sua obra. Estar diante de um quadro dela é viajar, nos mínimos e nos máximos detalhes, a profusão de cores e em alguns trabalhos a transparencia, nos lembram vitrais.
Possui obras de grandes dimensões, nos transmitindo a sensação de ter tido muito trabalho. Assim como ilustrações de livros que são pequenas obras de arte (mil e uma noites, se não me engano).
Estar em contato com sua obra é sentir uma certa alegria espontanea. Gera movimento!"
A escolha de Beatriz Milhazes como nossa próxima referência vem atender à proposta de criação de um texto de fantasia, que poderá ser conferido nas próximas postagens.
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