domingo, 20 de fevereiro de 2011

Obra de Tomie Ohtake - base para a escrita


Tomie Ohtake - Sem título (fragmento) - 1994 - acrílica sobre tela -  172 x 172 cm

Esta foi a obra escolhida para inspirar a elaboração de personagens (ou figuras, alegorias, criaturas, portadores de palavras, entre outras definições presentes no teatro contemporâneo).

Apesar de ter começado sua carreira com obras figurativas, Tomie rapidamente enveredou pelo abstracionismo. Com o decorrer do tempo a artista passou a explorar os mais diversos materiais, suportes, técnicas, formas e dimensões. Lida com versatilidade pela gravura, serigrafia, litografia, pintura a óleo, acrílica, água forte e tinta. Trabalha com telas pequenas e grandes painéis de mosaico, por exemplo. Tem esculturas gigantescas em espaços públicos e, mais recentemente, vem explorando as gravuras em metal recortado que, com a incidência da lua, projetam uma sombra que compõe com a forma.

Reconhecida pela simplicidade dos traços, Tomie (assim como Iberê Camargo) nunca se curvou a modismos ou ao mercado, o que não a impediu (nem ao artista gaúcho) de aventurar-se por caminhos novos. É este o caso das gravuras que elaborou integrando poemas de Haroldo de Campos sobre o Japão, como pode ser visto abaixo:


Tomie Ohtake - 1998 - Água tinta, soucre e água forte - 53 x 38cm



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